Qualidade da dieta e risco cardiometabólico em crianças e adolescentes com excesso de peso / Diet quality and cardiometabolic risk in children and adolescents with excess weight / Calidad de la dieta y el riesgo cardiometabolico de niños y adolescentes con exceso de peso

Objetivo: Avaliar a qualidade da dieta de crianças e adolescentes com excesso de peso e determinar a relação com fatores de risco cardiometabólico. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e analítico, realizado entre dezembro de 2016 e agosto de 2018, com crianças e adolescentes. Coletaram-se variáveis comportamentais (prática de atividade física e tempo de tela), antropométricas (peso, altura, índice de massa corporal, circunferência abdominal e do pescoço) e dietéticas (recordatório de 24 horas) e os dados bioquímicos foram consultados nos prontuários. Avaliou-se a resistência à insulina (RI), usando Homeostasis Model Assessment ­ Insulin Resistance (HOMA-IR), e a qualidade da dieta, por meio do Índice de Qualidade da Dieta Revisado (IQD-R). Análises realizadas pelos testes de Spearman e Mann-Whitney U, com nível de significância de 5%. Resultados: A amostra incluiu 100 crianças e adolescentes, sendo 71 (71%) do sexo feminino, média de idade de 9,42 ± 2,89 anos. IQD-R apresentou valor médio de 61,16 (IC 95%: 59,14 ­ 63,19) e nenhum participante apresentou dieta de boa qualidade. Não foram encontradas associações entre o escore do IQD-R e marcadores cardiometabólicos. Observaram-se associações negativas entre os componentes "vegetais totais e leguminosas" e HOMA-IR (r= -0,290), "vegetais verde-escuros, alaranjados e leguminosas" e HOMA-IR (r= -0,333) e "vegetais verde-escuros, alaranjados e leguminosas" com insulina de jejum (r= -0,291). Participantes com mais de três fatores de risco cardiometabólico tiveram pontuação significativamente maior do componente "gordura sólida e açúcar de adição". Conclusão: Nenhum participante investigado apresentou dieta qualitativamente adequada. A baixa ingestão de vegetais e leguminosas foi associada com marcadores de RI. Descritores: Promoção da Saúde, Obesidade Pediátrica; Consumo de Alimentos; Resistência à Insulina; Doenças Cardiovasculares.

Objective: To assess the quality of the diet of children and adolescents with excess weight and determine its relationship with cardiometabolic risk factors. Methods: This quantitative descriptive cross-sectional study was carried out from December 2016 to August 2018 with children and adolescents. Behavioral (regular physical activity, screen time), anthropometric (weight, height, Body Mass Index, abdominal circumference, neck circumferences) and dietary (24-hour recalls) data were collected, and biochemical data were retrieved from medical records. Insulin resistance (IR) was measured using the Homeostasis Model Assessment ­ Insulin Resistance (HOMA-IR) and diet quality was assessed using the Revised Diet Quality Index (Índice de Qualidade da Dieta Revisado ­ IQD-R). Analyses using Spearman's and Mann-Whitney U tests were performed with a significance threshold set at 5%. Results: The sample consisted of 100 children and adolescents, 71 (71%) of whom were girls, and the mean age was 9.42±2.89 years. The mean IQD-R was 61.16 (95%CI: 59.14 ­ 63.19) and none of the participants presented a good quality diet. No associations were found between the IQD-R score and cardiometabolic markers. However, negative associations were observed between "total vegetables and legumes" and HOMA-IR (r=-0.290), "dark green and orange vegetables and legumes" and HOMA-IR (r=-0.333) and "dark green and orange vegetables and legumes" and fasting insulin (r=-0.291). The participants who presented more than three cardiometabolic risk factors had a significantly higher score on the "solid fat and added sugar" component. Conclusion: None of the participants had a qualitatively adequate diet. The low intake of vegetables and legumes was associated with IR markers. Descriptors: Health Promotion, Pediatric Obesity; Food Intake; Insulin Resistance; Cardiovascular Diseases.

Objetivo: Evaluar la calidad de la dieta de niños y adolescentes con exceso de peso y determinar la relación con los factores de riesgo cardiometabolico. Métodos: Estudio cuantitativo, transversal y analítico realizado entre diciembre de 2016 y agosto de 2018 con niños y adolescentes. Se recogieron las variables de conducta (práctica de actividad física y tiempo de pantalla), antropométricas (peso, altura, índice de masa corporal, circunferencia abdominal y del cuello) y dietéticas (recordatorio de 24 horas) y los datos bioquímicos han sido consultados de los historiales clínicos. Se evaluó la resistencia a la insulina (RI) usando el Homeostasis Model Assessment ­ Insulin Resistance (HOMA-IR) y la calidad de la dieta a través del Índice de Calidad de la Dieta Revisado (ICD-R). Los análisis han sido realizados por las pruebas de Spearman y Mann-Whitney U con el nivel de significancia del 5%. Resultados: La muestra ha sido de 100 niños y adolescentes de los cuales 71 (71%) era del sexo femenino con la media de edad de 9,42 ± 2,89 años. El ICD-R presentó el valor medio de 61,16 (IC 95%: 59,14 - 63,19) y ningún participante presentó dieta de buena calidad. No se ha encontrado asociaciones entre la puntuación del ICD-R y los marcadores cardiometabolicos. Se ha observado asociaciones negativas entre los componentes "vegetales totales y leguminosas" y el HOMA-IR (r= -0,290), "vegetales verde-oscuros, anaranjados y leguminosas" y el HOMA-IR (r= -0,333) y "vegetales verde-oscuros, anaranjados y leguminosas" y la insulina de ayuno (r= - 0,291). Los participantes con más de tres factores de riesgo cardiometabolico tuvieron la puntuación significativamente mayor en el componente "grasa sólida y azúcar de adición". Conclusión: Ningún participante investigado presentó la dieta cualitativamente adecuada. La baja ingesta de vegetales y leguminosas se ha asociado con los marcadores de RI Descriptores: Promoción de la Salud, Obesidad Pediátrica; Consumo de Alimentos; Resistencia a la Insulina; Enfermedades Cardiovasculares.

Comparação antropométrica e do perfil glicêmico de idosos diabéticos praticantes de atividade física regular e não praticantes / Anthropometric comparison and the glycemic profile in ederly diabetics practitioners and non-practitioners of regular physical activity

O objetivo do estudo foi comparar os parâmetros antropométricos e perfil glicêmico de idosos diabéticos tipo 2 praticantes de atividade física regular e não praticantes. Métodos: O estudo, do tipo transversal, envolveu 70 idosos com diabetes mellitus tipo 2, com idade entre 60 e 80 anos. A coleta de dados foi através de questionário estruturado abordando: a) características demográficas dos pacientes (idade e nível de escolaridade) e b) características do padrão de atividade física (frequência, duração (min) e tempo (meses) da prática de exercícios físicos). Foram realizadas medidas antropométricas e verificação do perfil glicêmico (glico-hemoglobina). Os dados foram analisados no programa STATA versão 9.0. Foram calculados a média e desvio padrão da média (DP) e realizado o teste de análise de variância (ANOVA). Para verificar a associação de variáveis qualitativas, utilizou-se o teste exato de Fisher e as associações entre as variáveis quantitativas foram estimadas através do coeficiente de correlação de Pearson, com uma confiança de 95%. O nível de significância foi de p<0,05. Resultados: Em relação ao nível de escolaridade, não houve influência na realização da prática de atividade física. Nos PAF observa-se uma diminuição do IMC e do perfil glicêmico, quando comparados aos NPAF. A caminhada foi a atividade física mais realizada pelos idosos (51,5%). A partir dos resultados obtidos na análise dos dados, foi possível mostrar os benefícios que a atividade física proporciona aos indivíduos no processo de envelhecimento e no bom controle glicêmico.

Capacidade funcional e atividade física de idosos com diabetes tipo 2 / Functional capacity and physical activity among elderly with type 2 diabetic

Os objetivos do estudo foram: a) avaliar a capacidade funcional de idosos diabéticos tipo 2 comparando-os com idosos não diabéticos e b) comparar o nível da capacidade funcional com a prática de atividade física. A amostra foi constituída por 114 idosos, sendo 70 diabéticos, com média de idade de 67,67 ± 5,3 anos e 44 não-diabéticos, com média de idade de 72,84 ± 6,2 anos. O estudo foi baseado em informações obtidas a partir de entrevista direta nas quais os idosos foram avaliados quanto à capacidade funcional através de aplicação da escala de atividades da vida diária (AVDs) proposta por Matsudo (2000). Os dados foram analisados pelo Teste Qui-quadrado com p<0,05. Na realização das atividades da vida diária (AVDs), 45,7% (n=32) dos idosos diabéticos e 54,5% (n=24) dos idosos não diabéticos informaram realizar facilmente e sem ajuda a tarefa subir e descer escadas, na tarefa lavar e passar roupas, 62,8% (n=44) dos idosos diabéticos e 72,7% (n=32) dos não diabéticos relataram realizar facilmente e sem ajuda. Não houve diferença significativa entre o nível de capacidade funcional e a prática de atividade física dos idosos diabéticos comparados com os não diabéticos (X2=1,59). Conclui-se que os idosos diabéticos e não diabéticos eram independentes nas realizações das AVDs e AIVDs, aqueles que realizavam atividade física apresentaram um nível de capacidade funcional melhor. É fundamental a implementação de programas sociais e de atividades físicas para melhorar a qualidade de vida dessa população.

The objectives of the study were: a) to evaluate the functional capacity of elderly type 2 diabetic, comparing them with non diabetic elderly and b) compare the level of functional capacity with practice of physical activity. The sample consisted of 114s elderly, 70 diabetic, with mean age of 67.67 ± 5.3 years old and 44 non-diabetics, with mean age of 72.84 ± 6.2 years old. This study was based on information obtained from direct interview in which the elderly were evaluated as to the functional capacity through application of the scale of activities of daily living (AVDs), by Matsudo (2000). The data were analyzed using the Qui-square test with p<0.05. In carrying out activities of daily living (AVDs), 45.7% (n=32) of elderly diabetic and 54.5% (n=24) non-diabetic elderly easily make informed and without help the task up and down stairs, and task wash and clothes, 62.8% (n=44) of elderly diabetic and 72.7% (n=32) non-diabetic elderly easily make informed. There was no significant difference between the level of functional capacity and physical activity of elderly diabetic compared with non-diabetic (X2=1.59). It was concluded that the elderly diabetics were independent of the achievements AVD and AIVDs, those who performed physical activity showed a level of functional capacity better. It is essential to implementation of social programs and physical activities to improve the quality of life of the population.